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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A grande batalha: Valvulados X Transistorizados - Parte 3 - Central do Rock - por Elvis Almeida


Índice com todos os artigos da série "A Grande Batalha"


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos sobre o duelo Transistorizados X Valvulados:


Parte 1: A fonte de energia dos amplificadores de guitarra
Parte 2: O Circuito Pré-amplificador
Parte 3: O Circuito de Power (Potência)


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Pelos poderes de Greyskull, eu tenho o POWER!!!


Antes de adentrarmos o power propriamente dito, queria destacar que nesta sequência de artigos não irei abordar a fase inversora dos amplificadores.

Isto pelo fato de ser um assunto muito técnico e principalmente porque seja valvulado ou transistorizado, não é neste estágio que as diferenças sonoras são marcantes.

Também não irei abordar o tone stack, pelo mesmo fato. Quanto às classes de amplificação, vou explicar somente as classes A, B e A/B, pois são indispensáveis para o entendimento da etapa de potência nos amplificadores de guitarra. Existem outras classes usadas atualmente em PA's e som automotivo (classe A/D, também chamada de potência digital), mas não nos interessam neste momento, pois ainda não são usados para amplificação de guitarra.

Creio que o estágio da inversora e o tone stack ficariam melhor em artigos separados, para comentarmos suas particularidades.

Então vamos lá. Que venha as classes de operação dos amplificadores!

a) Amplificador Classe A


Nesta classe de amplificação de potência, a válvula é responsável por amplificar a onda inteira, ou seja 360º. Outra questão importante na classe A é que, havendo ou não signal, a corrente continua passando. Este tipo de power não descansa... trabalha o tempo todo. Nos dizeres de Robert Megantz:

"Quando não há sinal, há corrente contínua quiescente fluindo. Um sinal de corrente alternada (sinal de áudio) na grade faz esta corrente variar, mas ainda existe sempre alguma corrente que flui. Isto é conhecido como operação classe A". (MEGANTZ, Robert. Design and Construction of Tube Guitar Amplifiers. TacTec Press, p. 60, sem tradução para o português até o momento)


b) Amplificador Classe B


Já neste caso, cada válvula amplifica 180º da onda sonora. Além disso, a amplificação só ocorre quando há sinal na entrada do power, diferente do que ocorre com o Classe A. Megantz assim conceitua esta classe:

"Na operação classe B a válvula de saída é polarizada em corte, por isso não há corrente contínua de repouso. Quando a tensão AC na grade é positiva, a corrente flui. Quando a tensão AC na grade é negativa, nenhuma corrente flui. Assim, a válvula trabalha como uma rectificadora, permitindo apenas a metade da onda de entrada passar." (MEGANTZ, Robert. op. cit., p. 60)

Portanto, a classe B é muito mais eficiente, pois não há consumo em repouso, e como cada válvula cuida apenas de um pedaço da onda, é possível conseguir muito mais potência com menos válvulas.


c) Amplificador Classe A/B


O problema da operação classe B é que mesmo pares casados de válvulas, não são completamente idênticas. Esta diferença mínima é suficiente para que a "cola" de uma parte da onda (ciclo positivo) com a outra (ciclo negativo) gere uma distorção inaceitável em amplificadores de áudio. Não se trata da distorção proveniente da saturação. Esta última é até muito desejada. Mas como a "emenda" não fica perfeita, o que se gera são apenas ruídos.

Por isso os engenheiros desenvolveram a classe A/B. Nesta classe cada ciclo é amplificado com uma pequena sobra. Não são exatos 180º, mas uns 190º aproximadamente. Assim, a emenda da onda sonora fica perfeita, sem qualquer ruído e praticamente com a mesma eficiência da classe B.

Acho que fui técnico demais (risos)... a partir deste ponto, o texto fica mais agradável.

E daí... os circuitos sólidos funcionam com as mesmas classes, qual seria a diferença?

As observações quanto às classes são pertinentes para entender qualquer amplificador seja valvulado ou transistorizado. As diferenças de operação que os distinguem serão abordadas em seguida.



Mas qual a principal diferença entre amplificação de potência valvulada e transistorizada?


Além do fato da amplificação ser feita de maneira diferente, a resposta pode ser resumida em "Fidelidade".

Você deve estar pensando que o valvulado é preferido por possuir mais fidelidade que o transistorizado... mas é justamente o contrário. Por incrível que pareça, é a falta de fidelidade do valvulado que o consagrou. Assim, como o overdrive foi um efeito colateral que caiu no gosto popular, a saturação do power valvulado é um desejo de tantos guitarristas. 

Outra questão importante, é que o power transistorizado amplifica todos os harmônicos da nota, pares e ímpares. Isto tem um efeito pejorativo na sonoridade. É que os harmônicos ímpares tendem a anular os pares e vice-versa. É por isto, que achamos o som transistorizado "magro" e "opaco".

Contudo, devido ao seu peculiar funcionamento, via de regra, a válvula amplifica somente os harmônicos pares, de forma que estes vão se somando à nota principal, deixando o som "gordo" e "brilhante". 

Por fim, é importante dizer que a saída transistorizada possui baixas impedâncias permitindo a ligação direta com os alto-falantes. Já a saída valvulada, possui impedâncias tão altas que é necessário utilizar um transformador de output para poder acoplar os alto-falantes.

Desta necessidade de compatibilizar as impedâncias, acabou surgindo diversas técnicas de enrolamento dos trafos (transformadores) de saída, sendo a configuração E/I uma das mais usadas. Esta configuração consiste em usar chapas no formato das letras "E" e "I". Mas o tipo de metal usado, o jeito de enrolar as bobinas do trafo... etc., influenciam demais a sonoridade. Então, o power valvulado, possui ainda esta particularidade e possibilidade. Dá pra personalizar o timbre também mudando o trafo de saída.

Conclusão


Por tudo que foi dito nesta rodada de artigos sobre amplificadores, percebe-se que não se trata de dizer qual é o melhor, mas sim de qual gostamos mais.

Em questão de fidelidade de amplificação, o solid state é até mais preciso que o valvulado. Mas o som que transformou a guitarra elétrica em um instrumento novo é justamente aquele que:

a) "Arria" gerando compressão;
b) satura o preamp gerando overdrive;
c) corta os harmônicos ímpares, sobressaindo os pares;
d) satura o power dando mais punch ao som.

Tudo isto seria defeito, mas foi responsável por criar um novo instrumento. O amplificador valvulado talvez seja o principal responsável pela separação da guitarra elétrica e guitarra acústica.

Todas as tentativas em reproduzir o timbre valvulado nos transistorizados, teve um efeito contrário, qual seja, destacou mais ainda as diferenças entre eles. Isto não quer dizer que os transistorizados são ruins. Para sons limpos, por exemplo, os transistorizados dão um show. E é por isso que muitos guitarristas que utilizam som limpo, preferem transistorizados como Roland Jazz Chorus, principalmente por sua robustez.

Para guitarra acústica (violão), por exemplo, o transistorizado é praticamente o padrão de mercado, justamente por reproduzir "fielmente" o som do violão.

Outra coisa importante a se dizer é que, se na época em que necessitou-se amplificar o violão,  houvesse fidelidade, é provável que os sons distorcidos sequer existissem.

O técnico da Tubeamps, Sr. Manolo, sempre diz: "não é que os amplificadores valvulados são melhores, é que gostamos mais deles".

Espero que os artigos tenham úteis para a compreensão da amplificação de guitarra. Futuramente abordaremos outros temas correlatos.

Um abraço e até a próxima.


Elvis Almeida


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terça-feira, 27 de novembro de 2012

A grande batalha: Valvulados X Transistorizados - Parte 2 - Central do Rock - por Elvis Almeida


Índice com todos os artigos da série "A Grande Batalha"


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos sobre o duelo Transistorizados X Valvulados:


Parte 1: A fonte de energia dos amplificadores de guitarra
Parte 2: O Circuito Pré-amplificador
Parte 3: O Circuito de Power (Potência)


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O circuito PREAMP


No artigo passado, expliquei as diferenças básicas existentes entre as fontes valvuladas e fontes sólidas. Mas agora, chegou a vez de falarmos dos pré-amplificadores, e a polêmica só aumenta.

A indústria de amplificadores, de tempos em tempos lança produtos com o seguinte argumento "transforme seu transistorizado em valvulado"... "desfrute da poderosa distorção valvulada com este preamp de 2 canais"... etc.

A verdade nua e crua é que você irá usufruir de um preamp valvulado, com suas qualidades e defeitos.

Existem preamps valvulados de excelente qualidade de fabricação e timbres fantásticos, mas comprando um deles, você continua com apenas um pedaço do amplificador valvulado. O power continuará sendo transistorizado. E é justamente no power, como veremos no próximo artigo, onde as diferenças entre valvulados e transistorizados são mais marcantes.

Por isso, o máximo que irá acontecer é você transformar seu transistorizado em um híbrido. Então, "não compre gato por lebre", saiba que ao comprar um pedal/preamp valvulado, você está fazendo um upgrade no seu preamp, proporcionando uma distorção valvulada de preamp.

A famosa saturação do power valvulado e os harmônicos decorrentes de sua forma de amplificar continuam inexistentes.




Qual a função do preamp?


Ora, o próprio nome diz qual sua função... qual seja, pré-amplificar.
O sinal que sai da guitarra é da ordem de alguns milivolts e de baixíssima corrente, insuficientes para alimentar o estágio de potência do amplificador.

Portanto, a função do preamp é elevar o sinal da guitarra até atingir o ponto de excitação do power (quem disse que só as mulheres possuem ponto G - risos).

Há quase nenhuma diferença entre um preamp valvulado ou transistorizado quando estes trabalham sem saturação (ou seja, só eleva o sinal sem alterar o formato da onda), deixando o som clean com "força" suficiente para excitar o power.

Neste tipo de pré-amplificação, ou seja, sem distorção, preamps valvulados e transistorizados se comportam de forma muito semelhante, exceto quanto ao fato de que a válvula e transistor amplificam de maneira diferente. Mas se analisarmos o formato da onda sonora... etc., o resultado é muito parecido.

E quanto ao overdrive?


Aí entra uma questão até histórica. Quando os primeiros amplificadores foram projetados, nos primórdios da guitarra elétrica, o que se buscava era reproduzir o som da guitarra acústica (violão) em uma amplitude maior. Não se pensava em sons distorcidos.

A distorção foi uma espécie de "efeito colateral" decorrente da saturação das válvulas. Especialmente quanto à saturação do preamp (o verdadeiro overdrive), esta só apareceu porque nos primórdios da eletrônica, as peças não possuíam alta fidelidade, e principalmente, que os engenheiros ao fazer seus projetos, tentavam tirar o máximo de ganho possível de cada válvula, na esperança fornecer o maior volume (amplitude) possível com o mínimo de equipamentos, até porque tudo era muito caro e de difícil acesso.

Como funciona o overdrive?


A sobrecarga da válvula de pré, produz um achatamento no sinal. É como se cortasse um pedaço da “cabeça” da onda sonora, deixando ela “quadrada”.

Desta forma, para produzir a distorção de preamp, é necessário aumentar o ganho até níveis que comece a “cortar” o topo da onda no último estágio. Por isso, geralmente, a lógica é a seguinte: quanto mais válvulas de pré, mais estágios de ganho. Mais estágios de ganho, mais a onda fica quadrada ao final e consequentemente, mais overdrive é fornecido.

Inicialmente, o engenheiros tentaram produzir o mesmo efeito com transistores, ou seja, vários estágios de ganho para gerar a saturação. Porém, neste caso a deformação ficou diferente daquela gerada com a válvula.

A solução encontrada pelos engenheiros para reproduzir a distorção valvulada foi a utilização de diodos de clipagem. Uma das funções do diodo é “cortar” o ciclo da onda total ou parcialmente. Na retificação, por exemplo, ele corta o ciclo negativo (ou positivo) deixando passar o ciclo oposto, este é o fundamento da “transformação” de corrente alternada em corrente contínua. Num preamp, o diodo tem a função de “clipar” a onda, deixando ela quadrada, assim como acontece com a válvula saturada.

Pois bem, aí surgiu o overdrive transistorizado, mas seu sucesso não foi nos preamps. A sua utilização foi muito mais sólida (não podia perder o trocadilho) nos pedais (stompboxes), seja ligando num amplificador valvulado clean, ou como boost de ganho para as saturações valvuladas. Dentre os pedais de overdrive mais famosos destaca-se os clássicos Ibanez Tubescreamer (TS808 e TS9) e BOSS Super Overdrive (SD-1).

Então você deve estar se perguntando...

Ora, se tantos guitarristas usam pedais transistorizados ligados em valvulados, por que não usar um preamp transistorizado?


Esta é uma excelente pergunta. Na verdade, ainda que a clipagem feita com diodos forneça uma distorção parecida com a valvulada, ainda não é a mesma. Há algumas diferenças no formato da onda. E é justamente por estas minúcias que os guitarristas mais puristas preverem a distorção valvulada de preamp.

Contudo, é possível utilizar-se de um preamp transistorizado ligado num power valvulado e se obter timbres ricos. Acontece que a parte mais cara de um amplificador de guitarra é a potência. Portanto, ao fabricar um amp com power valvulado, o custo de fazer o pré também valvulado encarece pouco o projeto, sendo viável comercialmente fazê-lo alltube.

Já o raciocínio contrário, usar preamp valvulado e power transistorizado, diminui muito o custo de fabricação, por isso, muitos fabricantes lançaram híbridos neste formato. Contudo, como será abordado no próximo artigo, o som que consagrou os valvulados vem do power, fazendo pouco sentido utilizar um híbrido com etapa de potência solid state.

Existe amplificadores valvulados com diodos de clipagem?


A resposta é sim. Dos anos 80 até os dias de hoje, verifica-se um progressivo aumento de ganho nos amplificadores de guitarra. Isto decorre da consagração de estilos como Trash Metal, Death Metal e seus sucessores. Um número cada mais maior de guitarristas desejam um amplificador high gain (em alguns casos até ultra high gain).

A propósito, cumpre esclarecer que os amplificadores de guitarra, quanto ao ganho, podem ser classificados em low gain, mid gain, high gain e ultra gain (ou ultra high gain).

Como já foi explicado acima, um preamp 100% valvulado terá mais ganho proporcionalmente ao número de estágios que tiver. Um válvula 12AX7, por exemplo, é um duplo tríodo, portanto é possível utilizá-la em 2 (dois) estágios. Assim, se quisermos 6 estágios de ganho, é necessário usar 3 válvulas 12AX7 para esta função. Se quisermos 8 estágios, deverá ser 4 válvulas e assim por diante.

Apesar das válvulas de pré serem menores, de custo mais baixo, esquentarem menos... etc., ganhos extremos necessitam de muitas válvulas, o que deixa o amplificador mais sujeito a problemas mecânicos. A alternativa dos fabricantes (execrada por muitos guitarristas) foi, inserir diodos de clipagem no canal de maior ganho, permitindo distorções poderosíssimas utilizando no máximo 3 válvulas no preamp. Em alguns modelos, estes diodos podem ser ativados/desativados com uma chave (gain boost) ou até pelo footswitch, noutros ficam sempre em uso no canal de drive.

Isto transforma o amplificador em híbrido? Sim e não. Quanto estiver em uso, o som é híbrido. Quando não estiver, o som é alltube. Se o guitarrista curte combinar pedais de boost/drive com a saturação do amplificador, em nada se fundamenta o preconceito com estes amplificadores, pois tecnicamente a distorção já é híbrida. Repito, minha crítica com híbridos se refere ao fato de que todos eles possuem power solid state, quando o verdadeiro "mojo" dos valvulados está na etapa de potência valvulada.

Então é isso, na próxima coluna serão abordadas as características do power valvulado para elucidar seu funcionamento e encerrar esta série.

Um abraço.


Elvis Almeida


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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A grande batalha: Valvulados X Transistorizados - Parte 1 - Central do Rock - por Elvis Almeida


Índice com todos os artigos da série "A Grande Batalha"


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos sobre o duelo Transistorizados X Valvulados:


Parte 1: A fonte de energia dos amplificadores de guitarra
Parte 2: O Circuito Pré-amplificador
Parte 3: O Circuito de Power (Potência)


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A fonte de energia do amplificador de guitarra


Darei início a uma nova série de artigos sobre amplificadores de guitarra, com o intuito de esclarecer as principais diferenças entre amplificadores de guitarra valvulados e transistorizados.

Qual é o melhor, é uma conclusão que você chegará por si próprio quando terminar de ler todos os artigos, sem nenhum misticismo e com respaldo técnico.

Retificação por válvulas ou por diodos?


Para a primeira coluna, escolhi o tópico RETIFICAÇÃO VALVULADA X DIODOS DE SILÍCIO, pois afinal, nenhum equipamento eletrônico funciona sem a fonte de energia.

Se houve muito por aí as seguintes frases:

- "O fabricante fala que o amp é alltube, mas tem diodos na fonte... chama o PROCON ou o IDEC";
- "Amplificador alltube é aquele que não tem nenhum diodo, nem na fonte...".

Primeiro, temos que destacar que o sinal de sua guitarra não irá passar pela válvula da fonte. Para explicar isto melhor, vamos esclarecer o que é retificação.

Retificação de corrente, de forma bem simplificada, é "transformar" corrente alternada (AC) em corrente contínua (DC). Antigamente, esta retificação era feita com uma válvula (não só para amplificadores, mas para todo o tipo de eletrônico existente: TV, radiola, vitrola... etc). Posteriormente, os fabricantes foram substituindo as válvulas por componentes de estado sólido, como transistores e diodos (feitos de germânio ou silício).

A primeira mudança foi na fonte de energia.

Ao revés de usar uma válvula cara na retificação, os construtores de amplificadores passaram a utilizar-se de diodos retificadores de silício, que eram pequenos, leves, baratos e duráveis.

Existe uma melhor?


Você deve estar se perguntando: "Ora, então a retificação com diodos é melhor?"

Depende do que você procura ouvir.

Veja também o vídeo:
 

Aí surge nova dúvida: "Como assim ouvir? Você não disse que o sinal da guitarra não passa pela fonte?!".

Disse sim, e não retiro estas palavras (risos). A diferença do som vai ocorrer não porque o sinal passa pela válvula da fonte, mas porque a fonte sólida se comporta diferente no fornecimento de energia para o power do amplificador.

É o mítico (e até místico) efeito Sag ("ceder" em tradução livre). Mas o sentido mais correto para o termo é "arriar".

A válvula retificadora, oferece naturalmente uma resistência à passagem de corrente. Isto acaba proporcionando uma queda de energia na etapa de potência. Quanto mais alto o volume, mais corrente se exige da fonte. Em uma curva logarítmica, essa pequena resistência tanto mais interfere na diferença de potencial, quanto mais corrente se exige da fonte. Esta atenuação em consequência da "arriada" da fonte, elimina os picos gerando uma compressão no som da guitarra.

Por isso mesmo, eu disse que vai depender daquilo que você quer ouvir. Então aquilo que tecnicamente seria um defeito (energia insuficiente), para os ouvidos humanos era uma qualidade, pois a maioria dos guitarristas desejam compressão.

Obviamente, cada circuito foi projetado de um jeito, e uns forneciam mais ou menos compressão. Melhor dizendo, dependendo do modelo/marca, o Sag era mais ou menos presente.

"É possível ter o efeito Sag  numa fonte retificada com diodos de silício?"


A resposta é sim. O diodo naturalmente não possui resistência à corrente (tudo tem resistência, mas no caso, seu valor é desprezível para tal finalidade), mas combinando com um resistor de valor próximo à valvula de retificação desejada, o efeito Sag irá surgir em altos volumes.

Alterando o valor do resistor é possível até controlar mais ou menos compressão. Quanto mais resistência (em ohms) mais Sag, bem como quanto menos resistência, menos Sag e menos compressão.

Como este circuito é extremamente simples, atualmente encontramos inúmeros fabricantes industriais e handmakers inserindo a "Chave de Sag" nos seus produtos, que nada mais é do que um liga e desliga deste resistor. Assim, o guitarrista pode optar entre um som mais comprimido (com o Sag ativo) estilo vintage, ou mais moderno e "áspero", sem o Sag.

Fabricantes como a Mesa Boogie, preferiram utilizar os dois tipos de retificação (válvula e diodo de silício). É o que acontece com o Dual Rectifier, que dispõe uma fonte com válvulas e diodos, selecionáveis por uma chave.

Por fim, é importante salientar que o Sag só é possível nos amplificadores classe AB, pois este só amplifica existindo sinal de entrada. Nos amplificadores classe A, o consumo da válvula (ou válvulas, dependendo do caso) está sempre no máximo, tendo ou não sinal a ser amplificado. Assim, colocar uma válvula retificadora deixará a fonte sempre arriada, e o power "desabastecido" durante todo o ciclo da onda sonora. O efeito é somente uma redução total de volume, como se abaixasse um pouquinho o volume Master.

Então é isto pessoal. Encerro nossa primeira parte da batalha entre valvulados e transistorizados.

No próximo artigo, falaremos de pré-amplificadores e a polêmica tende a aumentar.

Um abraço.


Elvis Almeida
http://www.elvisalmeida.com

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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Guitar Pack da Strinberg, um kit completo para o guitarrista iniciante

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Duas excelentes opções do Kit
O maior desafio na hora de comprar a primeira guitarra é conseguir montar um kit completo, com os principais itens necessários para os primeiros riffs, sem gastar muito. Pensando nisso, a Strinberg criou o Guitar Pack, um kit com cubo, capa, palhetas, afinador, cabo, encordoamento, correia e duas opções de guitarras, a tradicional Strato e a famosa Les Paul.

A primeira é o modelo EGS-216, uma guitarra que possui ótima tocabilidade, com acabamento e estrutura diferenciados no mercado brasileiro. Corpo em Basswood, braço em Maple, escala em Rosewood, tarraxas cromadas, 3 captadores single, controles de volume e tonalidade, com 5 posições de chave. Além disso, são seis cores disponíveis na hora de montar o kit: branco (WH), preto (BK), sunburst (SB), vinho (TWR), azul (TBL) e rosa (MPK).

EGS-216
Já a Les Paul, guitarra clássica na história da música, é o modelo CLP-79. Além de um timbre diferenciado, é uma guitarra de ótimo acabamento com tarraxas cromadas, escala em Rosewood, corpo em Basswood e braço em Maple. Os dois captadores humbuckers deste modelo possuem controles próprios de volume e tonalidade e com a chave seletora de 3 posições é possível fazer as combinações entre eles. Disponível nas cores preto (BK), cherry burst (CS), dourado (MGD), branco (WH) e sunburst (SB).

CLP-79
O Guitar Pack da Strinberg inclui ainda um cubo SG-15 com potência de 15 watts e controle de ganho, volume, grave e agudo, além do efeito overdrive e saída para fones de ouvido. Acompanha também um afinador SHT-600 cromático, com display de cristal líquido. Neste afinador, a captação é feita de duas formas: por contato e por microfone (mic), possuindo calibragem de frequência. Além disso, o kit inclui capa para proteção feita em nylon, palhetas em cores variadas, cabo SC-06 na cor preta, correia feita em nylon também na cor preta e encordoamento de tensão GS-09 (média).

A Sonotec Music & Sound, importadora e distribuidora dos produtos Strinberg para o Brasil, apresenta o Guitar Pack como uma excelente sugestão de presente para este Natal. Procure a loja de instrumentos musicais mais próximas e conheça de perto esta novidade.

Confira toda a linha Strinberg no site da distribuidora Sonotec:
http://www.sonotec.com.br

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Ser músico profissional é...

Olá amigos, tudo bem?

É triste o que vou dizer, mas acaba sendo verdade para a maioria dos músicos no Brasil. Creio que antes de fazer um discurso panfletário, o mais importante a pontuar nossas vicissitudes e, principalmente, de forma crítica e objetiva colaborarmos para mudar o cenário musical brasileiro.

"Música boa é música de graça!!!"

O brasileiro não está acostumado a consumir cultura, ainda mais quando o artista é tupiniquim. Quando é um figurão estrangeiro, não faz diferença se o ingresso é R$ 300,00 ou R$ 1.000,00, "reservo meu 13º salário, viajo 800 Km, perco dois dias de trabalho, mas não deixo de ir".

Quando é artista nacional, "só vou se for evento grande, com muita mulher bonita, cerveja gelada... esse negócio de sentar pra ouvir música, só no carro mesmo..."

Às vezes ouvimos, "se não toca em rádio, não presta. Música boa é a que faz sucesso". Ora, ninguém faz nada de graça... para lançar algo novo, acaba rolando o "jabá". Sem falar que hoje a programação já vem montada de cima pra baixo. As rádios locais, raramente possuem autonomia para decidir o casting.

Outra situação complicada é o fato de que os bares e casas de show, não querem pagar as bandas. Quando muito cobram o couvert artístico. É comum para bandas de rock (principalmente) receber a seguinte proposta, "cara, eu vi um show de vocês e achei muito legal. Tenho um bar e acho que o som da banda vai encaixar perfeitamente na sexta-feira... então... o espaço está aberto pra vocês, só não tenho como pagar cachê... pensa direitinho... é uma ótima oportunidade de vocês divulgarem a banda".

Seria cômico se não fosse trágico. Olha... se tiver algum promotor de eventos lendo este artigo, entenda de uma vez: oportunidade de divulgar a banda só existe em eventos puramente culturais e sem fins lucrativos. Se a proposta é ganhar dinheiro, pague a banda.

Se a notícia espalha, mais bandas irão te procurar para tocar... mais opção de qualidade e variedade você terá para sua casa de show ou futuros eventos.


Creio que o problema vai ainda mais longe... por um lado os proprietários de bares e casas de shows, procuram sempre reduzir seus custos.

Muitas vezes, contratar uma banda reconhecida e com público fiel é inviável. Quando isto for o caso, pior que contratar uma banda de garagem é optar por música mecânica.

Mas também, não sou tolo para despejar a culpa exclusivamente nos empresários do ramo. De outro lado, o público gosta de música ao vivo, mas não quer pagar nada. A Internet inculcou nas pessoas que tudo tem que ser de graça, ou muito barato.

Chegue numa concessionária, cujo carro popular custe R$ 30.000,00 e diga, tenho R$ 5.000,00, é pegar ou largar! É óbvio que nenhum vendedor em sã consciência irá aceitar a proposta.

O trabalho do músico, mesmo o de "bandinhas" tem o seu valor. E não adianta o dono da casa pechinchar. Contudo, o dono da casa é refém de seu público. Se o público não quer pagar para ter um espetáculo de verdade, muitas vezes se recusando a pagar o couvert artístico ao brado retumbante de artigos do Código de Defesa do Consumidor, não será o empresário que vai arcar com isto, aí sobra apenas os cachês ínfimos ou a cerveja.

É duro dizer isto, mas o público é um dos principais responsáveis por esta situação.

Concluindo...  ser músico profissional no Brasil é:

1. Ter que aturar pedidos pra tocar Raul (eu curto Raul, mas na maioria das vezes o seu estilo, repertório não tem nada a ver);
2. Ter que ouvir a desaforada proposta de tocar de graça ou em troca de cerveja, como se fosse a melhor oportunidade da sua vida, ou até mesmo a única;
3. Compor, produzir e gravar um CD durante um ano ou mais, com o som que você acredita, e não ter espaço para tocá-lo. Pior ainda é quando compram seu disco como se tivessem lhe fazendo um favor, ou lhe dando esmola. Afinal, na cabeça de quem compra, música boa ele baixa de graça na Internet;
4. Escutar que seu cachê de R$ 500,00 é caro, quando apenas 1 ingresso daquele popstar internacional pode custar R$ 1.000,00.

Mas não é motivo de desanimar... ou é?

Em contrapartida, se você é músico profissional, aprenda a por preço na sua arte. Ninguém nasce sabendo nada. Certamente, você dedicou anos de sua vida para montar seu repertório e estilo. Se você não der valor à sua arte, ninguém dará!

Um abraço e até a próxima!


Elvis Almeida
http://www.elvisalmeida.com 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Morre Jon Lord aos 71 anos

Aos 71 anos, Morre Jon Lord, tecladista da banda Deep Purple
Uma triste notícia abalou todos os fãs no mês do Rock (três dias após o Dia Mundial do Rock). O genial tecladista da banda Deep Purple, Jon Lord morreu aos 71 anos.

Afastado dos palcos para tratamento de um câncer no pâncreas, foi vítima de complicações respiratórias decorrentes de uma embulia.

Jon Lord, se não foi o primeiro, foi aquele que melhor misturou os teclados ao som da guitarra e do Rock, influenciado gerações de músicos.

Seu estilo incomparável e sua simpatia fizeram história, e certamente, onde quer que ele esteja agora, estará encantando todos com seus acordes marcantes e solos virtuosísticos.

Valeu Jon!

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sábado, 14 de abril de 2012

Home Studio - Por onde começar? - Quarta parte - O estudo e treinamento



Índice com todos os artigos da série sobre dicas de estúdio


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:

Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Hardware (Microfones, Interfaces... etc.)
Parte 3: Softwares, Plugins e Aplicativos
Parte 4: Estudo e treinamento



central do rock elvis almeida dicas importantes home studio ferramentas produção musical
Olá amigos,

estou de volta com a quarta e última parte das dicas para quem pretende montar seu Home Studio, qual seja, o TREINAMENTO.

Calma... isto não quer dizer que não vou escrever sobre o assunto. Simplesmente que a partir destas noções gerais, a abordagem nos próximos artigos será específica sobre este ou aquele equipamento, recurso, software ou técnica de gravação.

Se você seguiu todos os passos dos artigos anteriores você já deve estar planejando providenciar ou comprar:

I- O espaço dedicado e adequado para fazer suas gravações;
II- o computador eficiente para "rodar" os softwares necessários;
III- a interface ou mesa com no mínimo duas entradas XLR;
IV- dois microfones (um dinâmico e outro condensador);
V- Monitores de áudio;
VI- software multipista (também chamado de DAW);
VII- plugins VST e VSTi.

Falta agora outro requisito muito importante, tempo para estudar (risos).

Você precisa achar um tempo na sua agenda para estudar a teoria e principalmente aplicá-la na prática. Sobre o posicionamento dos microfones, por exemplo, só mesmo com muita experimentação conseguimos chegar num resultado ideal e satisfatório. Aliás, é importante destacar que cada instrumento necessita ou merece de uma técnica de micronofação diferente. Não existe uma receita única para gravar microfonando. Os resultados melhoram muito com a experiência.

Estas horas (pode colocar horas nisto) dedicadas para as experimentações também são horas de estudo. Explore o programa DAW também. Recomendo, principalmente, que pesquise bastante os recursos de insert, buses e sends. Eles são fundamentais para o roteamento interno do áudio e muitas técnicas de gravação passam por este recurso. Exemplo: tem hora que é mais vantajoso transformar um track de instrumento virtual (MIDI) em um track de áudio, para aplicação de certos efeitos, e sem o domínio do roteamento do áudio, os resultados podem ser comprometidos.

Portanto, não é perda de tempo ler o manual que acompanha o DAW (mesmo em PDF). Muito pelo contrário, os manuais nos oferecem uma visão geral do programa que é muito útil para quem está começando.

Nos sites dos desenvolvedores do aplicativo, também encontramos muitos tutoriais gratuitos, muitos em vídeo, exemplificando o uso do programa em diversas situações, como gravações de bateria, guitarra, voz, instrumento virtual... etc. Também não é perda de tempo assistir ou ler estes tutoriais, pois eles irão complementar a visão geral dada pelo manual, evitando que você “apanhe” do software no futuro, quando estiver realizando um trabalho de produção.

As videoaulas no You Tube também ajudam muito. Existem muitos profissionais dispostos a ajudar e publicam conteúdo com dicas passo-a-passo de como fazer este ou aquele tipo de gravação. Basta procurar.

As apostilas, costumam ser menos confiáveis, pois muitas vezes são um compilado de ideias diferentes e antagônicas, mas também ajudam, principalmente quando tidas pelo estudante como material complementar.

Mesmo sendo possível estudar sozinho, um curso regular, bem como as oficinas e os workshops tem suas vantagens. Enumerarei algumas:

a) Material didático planejado e conciso;
b) horas dentro de um estúdio sob a orientação de um profissional experiente. Ou seja, aquilo que você levaria uma semana para descobrir sozinho, tem o professor te entregando “de bandeja”;
c) certificação, fundamental para quem pretende tornar-se um produtor musical profissional;
d) troca de ideias e dicas com outros alunos.

Cabe salientar, que o treinamento é talvez a parte mais importante. Tem profissional que consegue “tirar leite de pedra”, melhor dizendo, mesmo com equipamentos tidos como amadores/inferiores, conseguem gravações com qualidade inquestionável. Milagre? Claro que não. Isto se deve ao fato dele ter dedicado muitas horas do seu tempo estudando, pesquisando e aplicando a teoria.

Recomendo até que antes mesmo de sair comprando tudo que precisa para seu Home Studio, que você faça um curso, ou participe de um workshop de produção musical, até mesmo para não desperdiçar seu dinheiro.

Depois de ter uma noção mais apurada do tema você irá comprar melhor, pois gastará seu dinheiro com aquilo que lhe fornecerá o melhor custo-benefício. Analogicamente, é o mesmo que construir um edifício sem um projeto de engenharia. A chance dele cair por deficiência nas estruturas é muito grande.

Se você pretende tornar-se um produtor profissional, invista principalmente nos pilares de qualquer prestação de serviços, os conhecimentos teóricos e práticos.

Um grande abraço e espero que esta série de artigos tenha esclarecido bastante sobre o tema.


Elvis Almeida
Guitarrista – Endorsee Strinberg


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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Home Studio - Por onde começar? - Terceira parte - Softwares, plugins e aplicativos



Índice com todos os artigos da série sobre dicas de estúdio


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:

Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Hardware (Microfones, Interfaces... etc.)
Parte 3: Softwares, Plugins e Aplicativos
Parte 4: Estudo e treinamento



central do rock elvis almeida dicas importantes home studio ferramentas produção musical
Chegamos ao ponto mais polêmico de nossas dicas para Home Studio.

Muitos profissionais da área vão dizer: “se você quer ser produtor, é obrigatório usar este ou aquele software, pois se tornou padrão de mercado”... etc.

Particularmente, não acredito nestas verdades absolutas. Atualmente, há produções de altíssimo nível usando PC's, com resultados similares ou superiores aos Mac's. Mas também há muitos resultados inferiores. Tudo depende da qualidade da interface, microfones, ambiente de gravação e principalmente, do produtor musical (a peça mais importante de qualquer estúdio).

O mesmo ocorre com os softwares DAW (Digital Audio Workstation), ou seja, gravadores multipista. Há tanta variedade de programas no mercado, que hodiernamente, não é possível dizer com convicção qual é o melhor.

É importante destacar também, que boa parte da qualidade dos resultados obtidos, é decorrente muito mais dos plugins VST e VSTi, do que propriamente do software multipista. O programa DAW, precisa ter principalmente:

I- quantidade suficiente de tracks de áudio, midi... etc.;
II- quantidade e qualidade de controles dos tracks, tais como inserts, buses, sends... etc.;
III- gravar com no mínimo 24 bits e 192 Khz;
IV- ser compatível com a maior parte dos plugins VST e VSTi do mercado;
V- ser estável, ou seja, não travar e rodar “solto” como dizem os técnicos;
VI- baixa latência. Isto não é só função do driver ASIO, o software multipista também tem um papel importante neste ponto.

Existem uma infinidade de programas no mercado que atendem todas estas especificações com maestria, uns com mais ou menos recursos.

Os mais conhecidos do público em geral, são: Pro Tools®, Sonar®, Studio One®, Cubase®, Nuendo®, Reason®, Reaper®, Mixcraft®, Logic®, Fruity Loops®, Acid Pro®, Audition®, Samplitude®... etc.

Os preços também variam muito. Creio que a escolha deve pautar-se pela relação custo-benefício. Geralmente os mais caros possuem muito mais recursos. A pergunta que deve ser respondida é: “Vou utilizar todos os recursos que estou pagando?”. Se a resposta é negativa não justifica investir R$ 2.000,00 (dois mil reais) num software.

Outra questão que deve ser considerada é a aplicação do seu estúdio. Como estamos falando de Home Studio, só se justifica os aplicativos mais caros e cheios de recursos se você pretende utilizá-lo para produções completas. Se o uso vai apenas até a fase de pré-produção, um DAW de R$ 100,00 (cem reais) até R$ 300,00 (trezentos reais) é o mais recomendado.

Muitas vezes você não precisa nem comprar o software. A maioria das interfaces já vem com um software multipista famoso nas versões LE (com menos recursos), que apesar das limitações, já é o suficiente para aprender, compor e pré-produzir.

O mesmo raciocínio pode ser empregado com os plugins VST e VSTi. Se você vai chegar apenas até a fase de pré-produção, gravando tudo novamente num estúdio comercial, não é justificável comprar caríssimos plugins para masterização ou instrumentos virtuais avançadíssimos, pois o estúdio contratado para fazer a gravação, mixagem e masterização, já terá em seu arsenal aquilo de mais avançado na matéria.

Sobre plugins, depois de um ano pesquisando, encontrei diversos aplicativos freeware, que oferecem resultados muito satisfatórios, especialmente se você pretende apenas pré-produzir ou compor.

Portanto, levando em conta que você pode começar com os aplicativos que acompanham a interface + freewares, é possível começar seu Home Studio, sem nenhum custo adicional de software àqueles já descritos na segunda parte das dicas.

É claro, que a medida que você vai aprendendo, vai ficando também mais exigente, querendo mais recursos e fidelidade na gravação. Neste sentido, recomendo que o upgrade nos softwares seja realizado somente depois que tiver dominado a versão LE.

Não pule etapas, ou do contrário, você acabará desperdiçando muito dinheiro que seria muito melhor empregado com hardware ou treinamento.


Um abraço e até a próxima.

Elvis Almeida
Guitarrista – Endorsee Strinberg

® São marcas registradas em nome de seus proprietários.


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terça-feira, 10 de abril de 2012

Análise (Review) - Guitarra Strinberg Tele CLG-89T

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E aí pessoal, tudo em cima?

Estou de volta para falar desta notável guitarra, creio que uma das campeãs em custo-benefício da Strinberg, principalmente para aqueles que buscam timbres clássicos e vintages. Trata-se do modelo Tele da marca, o CLG-89T.

Relembrando, as guitarras Strinberg, são desenhadas nos Estados Unidos, fabricadas na China e distribuídas no Brasil pela Sonotec (www.sonotec.com.br).

Mais uma vez destacamos o acabamento da Strinberg, inigualável na faixa que preços que seus instrumentos se situam.

Como todas as guitarras da marca, esta guitarra tem corpo sólido (Ash), coisa rara na faixa de preços que ela ocupa. Braço e Escala em Maple e  disponível na cor natural da madeira (na verdade um verniz com tom amarelado, que produz um efeito muito bonito).

A parte elétrica é composta por 2 captadores Strinberg Single, clássicos do modelo Telecaster, com 1 (um) controle de volume e 1 (um) controle de tonalidade. A chave tem 3 (três) posições: 1 - Ponte; 2 - Ambos; e 3 - Braço.


A ferragem é composta por uma ponte fixa do tipo Tele, com tarraxas do tipo Die Cast.


Em comparação com outros modelos Tele (concorrentes) na mesma faixa de preço, a Strinberg é sem dúvida a mais bonita e bem acabada. Quanto ao som, o timbre é bem fiel ao que uma Tele propõe, uma guitarra com ganho menor, porém com muita definição nas notas.

Ela possui uma pequena caixa de ressonância, que deixa seu timbre bastante particular e com mais sustain. Mas não pense que ela é semi-acústica, pois o corpo é sólido, a caixa de ressonância é apenas um plus a mais. Aliás, um excelente plus.


Em geral é uma guitarra lindíssima e bem acabada, um dos melhores acabamentos da marca.

 Pontos positivos: são muitos.
* Destaca-se primeiramente o acabamento. O verniz é muito bem aplicado em toda a superfície da guitarra. O corpo é solído em ash. Não é a guitarra mais barata da marca, mas podemos ressaltar o custo-benefício, pois custa de R$ 700,00 a R$ 800,00, o que em comparação à qualidade do acabamento é um grande atrativo.
* Os captadores são muito equilibrados, com ótimo desempenho em todas as cordas e posições da chave seletora. O timbre é bem claro e definido, além de uma ótima sensibilidade e ataque.
* A aparência/design também é um destaque, a guitarra é simplesmente linda. Principalmente a pequena caixa de ressonância no corpo, que dá um charme especial.

Pontos negativos:
Por se tratar de uma categoria de instrumento mais econômica, obviamente a ferragem é mais econômica, mas nada que comprometa o uso do instrumento.


Concluindo, é um instrumento cujos pontos positivos ultrapassam de longe os negativos. No geral, poderia concluir que é uma compra de excelente custo-benefício. Este instrumento com certeza irá superar as expectativas de muitos. Se fosse fazer um upgrade, seria no máximo a troca de tarraxas por outras Schaler ou Gotoh. Fora isto não vejo necessidade de mudar mais nada.

Para quem é recomendado o modelo?

O modelo Tele é recomendadíssimo para quem curte timbres e estilos vintage. Se gosta de Classic Rock e Blues, certamente, irá adorar esta guitarra. Não que não seja possível tocar sons mais pesados, mas é que a vocação do instrumento é outra.

Apesar do preço em conta, eu não tenho receio algum de "colocá a guita na estrada" e até mesmo realizar gravações profissionais, como ocorre com outros modelos da marca.


NOTAS (de 1 a 10):

Design/Aparência/Acabamento: 10
Construção/Robustez: 9
Definição/Qualidade do timbre: 9
Tarrachas: 6
Timbre/Captadores: 9
Ponte: 9
Custo-benefício: 10

MÉDIA/NOTA FINAL: 8,86

PONTUAÇÃO: Péssimo (1-2), Ruim (3-4), Bom (5-6), Ótimo (7-8), Excelente (9), Excepcional (10)

Obs.: Vale lembrar que um equipamento cuja MÉDIA/NOTA FINAL fique acima de 6 pode ser considerado um equipamento satisfatório, e acima de 8 poderá ser classificado como de uso profissional.


Um abraço!


Elvis Almeida
Guitarrista - Endorsee Strinberg
www.elvisalmeida.com


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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Home Studio - Por onde começar? - Segunda parte - Hardware (microfones, interfaces, placas, mesa de som)



Índice com todos os artigos da série sobre dicas de estúdio


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:

Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Hardware (Microfones, Interfaces... etc.)
Parte 3: Softwares, Plugins e Aplicativos
Parte 4: Estudo e treinamento



central do rock elvis almeida dicas importantes home studio ferramentas produção musical
Olá pessoal, estou de volta, para dar sequência nas dicas de montagem de um Home Studio.

O próximo passo é a escolha do hardware. Esta é a fase mais delicada e compreende também a escolha do lugar para realizar as instalações, bem como o projeto acústico.

Quanto à acústica e escolha do local, vou abordar o tema de forma bem sintética, pois acho que tal assunto merece ser abordado num artigo à parte.

Se você pretende gravar bateria acústica, a regra é escolher um local bastante amplo. Recomenda-se que o ambiente onde será instalado a bateria, possua no mínimo 5x5m. Quanto ao tratamento acústico do espaço, você pode economizar instalando atenuadores/abafadores que evitem a reverberação apenas. Existe uma grande diferença em tratamento acústico e isolamento acústico. O isolamento tem como premissa apenas impedir que o som vaze do estúdio. O tratamento envolve o planejamento do som internamente, para impedir reverberação, valorizar ou suprimir frequências... etc.

Existem empresas especializadas no assunto. Se você vai instalar seu estúdio num apartamento e pretende gravar bateria ou guitarra em altíssimos volumes, é altamente recomendado a contratação deste tipo de serviço.

Se será numa residência, o problema da propagação de ruídos é menor, necessitando de soluções mais simples. Como disse isto é um tema muito complexo e será abordado com mais profundidade em outro artigo.

A energia de qualidade também é fundamental. Você precisará de tomadas aterradas e condicionadores de energia, pelo menos um para alimentar sua interface, mesa de som... etc.

Se você pretende apenas aprender a gravar, compor ou pré-produzir, os gastos com interface, microfones... etc., não precisam ser exagerados.

A escolha de uma interface depende de inúmeros fatores, principalmente do custo-benefício. Atualmente, existe uma variedade enorme de dispositivos, sendo que a escolha deve orientar-se principalmente pela destinação do estúdio.

Dependendo do uso de seu Home Studio, uma mesa de som com interface de áudio embutida ou uma interface com uma ou duas entradas XLR, e microfones médios é o suficiente para suas necessidades.

No meu caso, eu escolhi uma mesa com interface, pela possibilidade de usá-la não só para gravações como para pequenos shows... etc.

Em geral, para microfones e interfaces, pode-se classificar os equipamentos encontrados no mercado em 3 (três) categorias:

a) top: utilizados nos melhores estúdios e com altíssima fidelidade;
b) médios: utilizados em estúdios médios, e até nos melhores como alternativa de timbre, ou na fase de pré-produção;
c) clones: são equipamentos produzidos em larguíssima escala, normalmente baseados nos produtos de nível médio ou até top, porém com materiais econômicos e mão-de-obra barata. Costumam custar até 1/10 do preço de um equipamento médio.

Na minha opinião, se o assunto é Home Studio, os equipamentos top estão fora da lista de compra. Tal investimento só se justifica se você for um magnata do petróleo, ou nos estúdios comerciais. A menos que você esteja pensando em prestar serviços de produção musical comercialmente, um equipamento top só vai encarecer custos injustificadamente. Aliás, muitos estúdios profissionais utilizam os equipamentos classificados como médios, com produções em padrão de mercado.

Portanto, se o que você procura é realizar produções econômicas, recomendo você não ultrapasse a fronteira dos equipamentos de nível médio. Em alguns momentos, até mesmo um clone chinês pode ser interessante.

Agora, se você pretende utilizar seu estúdio apenas para aprendizado e composição, os clones são mais que o suficiente. Mesmo que a durabilidade não seja lá estas coisas, o valor investido é tão baixo que justifica a eventual substituição dos equipamentos devido a quebra, “queima” ou atualização.

Se o objetivo é pré-produção, o ideal é a mistura de equipamentos médios e clones assim como no caso das produções econômicas, com a diferença da predominância de uma ou outra classe de equipamentos. Melhor dizendo, para pré-produção, como a gravação definitiva será feita num estúdio comercial, você pode utilizar equipamentos mais baratos, como os clones, pois o importante é registrar as ideias. Já nos casos das produções econômicas, os equipamentos devem ser preferencialmente médios, podendo utilizar em alguns casos os clones, quando não comprometer o resultado final, ou seja, a preferência é pelo nível médio.

Concluindo, percebe-se que não há uma receita pronta para montar um Home Studio, o que existe são diretrizes a serem seguidas para você não desperdiçar seu dinheiro.

Não compre equipamentos sem ter convicção de que é aquilo que você precisa.

E agora, o que devo comprar primeiro?

Para começar a gravar, além de um computador, você precisa praticamente da seguinte kit:

I- uma interface com uma ou duas entradas para microfone XLR, por já possuírem preamp embutido, ou mesa de som ou não. Existem muitas no mercado com excelente custo-benefício. Dê preferência para as interfaces que possuírem a menor latência (atraso entre o que se toca e o que se ouve/monitora);

II- um microfone dinâmico. Não gosto de falar em marcas e modelos, pois isto depende muito da experiência pessoal, mas o “coringa” é o SM57® da Shure® e similares. Com ele é possível gravar inúmeros equipamentos acústicos e até voz em determinadas situações;

III- um microfone condensador de largo espectro. Este será necessário para gravar inúmeros instrumentos acústicos e também a voz. Assim como no caso da interface, recomenda-se a compra de um médio, até porque não representará um investimento tão grande assim;
IV- um par de monitores ativos. Tais monitores são encontrados no mercado com preços que variam de R$ 300,00 (trezentos reais) até R$ 6.000,00 (seis mil reais). Tem muita gente que consegue bons resultados usando um aparelho de som doméstico com entrada auxiliar. O mais importante é conhecer seu equipamento a fundo. Se você sabe que seu monitor fornece mais graves que o padrão comercial, você precisará reforçar os graves na equalização, pois do contrário, quando ouvir o áudio em outro equipamento você perceberá ausência das frequências baixas.

Se você adquirir este kit de padrão médio, o investimento inicial dificilmente irá ultrapassar a quantia de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), ou seja, não é barato, mas também não é nenhuma fortuna, ainda mais considerando que apenas um microfone top pode custar mais de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Com este kit básico, não será preciso vender a mãe, os olhos da cara... etc., para poder comprar tais equipamentos.

Um último alerta é para quem deseja gravar bateria acústica. Se você pretende gravar cada peça em pistas separadas, será necessário investir um pouco mais na interface, pois não basta a interface ter muitas entradas, também tem que ter as saídas independentes. Consequentemente, a quantidade de microfones também aumenta, praticamente um para cada peça. Existem bons kits de microfone para bateria com ótimo custo-benefício.

Quanto ao computador (PC ou Mac), creio que dispensa muitos comentários. Basta dizer que para trabalhar com áudio, você precisa de um monitor de vídeo grande, muita memória RAM, HD com muita velocidade, para evitar os atrasos. O processador também é importante, mas faz mais diferença ter muito cache de processamento, que velocidade propriamente dita.

Então é isto... na próxima abordarei os softwares, outro ponto muito interessante e que irá influenciar os resultados.

Um abraço,


Elvis Almeida
Guitarrista - Endorsee Strinberg
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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Home Studio - Por onde começar? - Primeira parte - Visão Geral



Índice com todos os artigos da série sobre dicas de estúdio


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:

Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Hardware (Microfones, Interfaces... etc.)
Parte 3: Softwares, Plugins e Aplicativos
Parte 4: Estudo e treinamento



central do rock elvis almeida dicas importantes home studio ferramentas produção musical
Olá pessoal, depois de 1 (um) ano pesquisando e experimentando ferramentas, acho que o momento é de passar para vocês algumas dicas para montar seu próprio Home Studio.

Quando comecei a tocar (há 20 anos atrás), ter um Home Studio, (pelo menos para nós, da classe operária) só era possível vendendo a mãe, os olhos da cara, papagaio, cachorro... etc. (Risos)

Naquela época, as opções eram caras e não muito funcionais. O Home Studio servia apenas para produzir demos com qualidade suficiente para que uma gravadora entendesse o que estava sendo tocado.

Atualmente, com a (r)evolução tecnológica (tanto de hardware como de software), é possível realizar gravações caseiras com qualidade bastante satisfatória, melhor que muitas gravações profissionais da década de 80 e anteriores.

É óbvio, que um estúdio top terá material humano e técnico infinitamente superior ao seu Home Studio. É importante salientar que a tecnologia também evoluiu para as soluções profissionais. Então... nós estaremos sempre um passo atrás dos grandes estúdios.  Mas e daí? Vai deixar de fazer música por causa disso? A resposta é NÃO!


Então porque montar um Home Studio?

Entre as razões mais convincentes eu destaco:

a) aprendizado: um estúdio caseiro é um excelente laboratório para você aprender a gravar e mixar. Você pode experimentar diversos tipos de gravação, usando simuladores ou não, tudo que sua criatividade mandar;

b) composição: se você tem um local reservado para registrar suas ideias, riffs, grooves... etc., a criação é facilitada e até estimulada. Em 1992, quando comecei a tocar, meu "estúdio" era composto de um tape deck duplo com uma entrada de microfone. Quando gravava, o deck 1 misturava o som que vinha do deck 2 com a entrada de microfone. O resultado era um lixo, mas fiz muitas "demos" assim. Hoje em dia tudo é mais fácil (graças a Deus!);

c) pré-produção: é economicamente inviável fazer a pré-produção de uma banda num estúdio top. Tem vezes que a música é praticamente refeita nesta fase. Imagine ficar experimentando arranjos, cortes, timbres... etc. pagando a bagatela de R$ 300,00 por hora no estúdio... ainda mais considerando que a pré-produção pode levar meses. O Home Studio pode ser a melhor alternativa. No conforto de sua casa, você pode testar todas as mudanças na música e ver qual fica melhor, deixando pro estúdio top, a gravação propriamente dita e fases posteriores;

 d) produções econômicas: apesar de um Home Studio nunca se equiparar a um estúdio profissional, dependendo dos hardwares e softwares utilizados, e principalmente, do profissional que irá gravar e mixar (afinal, o fator humano é indispensável), é possível realizar produções profissionais muito interessantes (até conceituais) em estúdios caseiros. É claro que não dá pra tirar "leite de pedra", mas com os investimentos certos, dá pra produzir muita coisa a um custo bem reduzido. Recomenda-se que a masterização fique por conta de outro técnico, ainda não "contaminado" pelo conforto auditivo, em um estúdio profissional, para que o resultado final fique ainda melhor sem deixar de economizar muito dinheiro com isto.

Se você precisa ou deseja, realizar uma (ou mais) das atividades acima descritas, então chegou a hora de você montar seu Home Studio.

Para que seu estúdio renda os frutos esperados, você precisará de ferramentas e tempo para estudar. Não pense que basta instalar um software de gravação multipista e pronto. Tais aplicativos são desenvolvidos levando em conta a linguagem da produção musical, buscando reproduzir virtualmente tudo que antigamente se fazia em enormes gravadores, mixers, racks e consoles.

Um software multipista para quem não está familiarizado com a técnica de gravação e produção, é como um programa CAD para quem não entende de desenho industrial ou arquitetônico.

Por isso mesmo, o instrumento/ferramenta mais importante é você. Se você não estudar muito, de nada irá adiantar ter o mais famoso programa do mercado, pois não irá aproveitar nem 1/3 dos recursos e funcionalidades.

Desta forma, destaco agora os 3 (três) pilares de um Home Studio eficiente, que poderá ser um ótimo trampolim para que você se torne um produtor musical, vejamos:

I - hardware (envolvendo não só o PC, mas também interface, microfones... etc.);
II - software;
III - treinamento.

Nos próximos artigos, irei abordar cada um deles, comentando a minha experiência na busca da qualidade em cada um dos fundamentos. Aguardem!

Um abraço e até a próxima.


Elvis Almeida
Guitarrista - Endorsee Strinberg
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