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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meus solos de guitarra favoritos – Parte 1

Caros leitores, ao ler este texto, não o veja com olhos preconceituosos nem com predeterminações de cunho pessoal, pois a proposta não é inculcar em ninguém que estes são os melhores.

Muito pelo contrário, esta é minha lista de favoritos e cada um terá a sua. As vezes os gostos coincidem, outras não.

Se não encontrou seu guitarrista favorito nesta singela listinha também não se aborreça, pois esta não será minha única e última lista... outras virão, com outros grandes solos de outros grandes guitarristas.

Mais importante que simplesmente listar os solos, farei meus comentários, analisando a estrutura, as técnicas de execução e composição de cada um.

Vamos lá!

Caught Somewhere in Time – Dave Murray (Iron Maiden)
1- Caught Somewhere in Time – Dave Murray (Iron Maiden)
O mais interessante sobre este solo é que foi gravado para a música de abertura do disco Somewhere in Time, durante um período que o guitarrista estava com uma lesão na mão. Murray fez apenas 4 solos durante o disco e todos primorosos. Mas o da primeira faixa é sem dúvida sensacional. Praticamente executado dentro da pentatônica e diatônica Dm Eólio, este solo reúne um compêndio de sua técnica. Dave Murray é um “ligadeiro” de primeira, exímio em colocar sentido melódico nas alavancadas e também excelente bender. Este solo agrega tudo isso com um feeling para Heavy Metal que só ele tem.


Brothers in Arms – Mark Knopfler (Dire Straits)
2- Brothers in Arms – Mark Knopfler (Dire Straits)
Mark Knopfler sempre foi um guitarrista inovador, principalmente no aspecto da composição. Seus solos são conhecidos por uma execução primorosa e uma técnica que mistura Country, Blues e Rock. A curiosidade fica por conta que Knopfler não usa palheta, detentor de uma técnica invejável com a mão direita, ele usa os dedos para ferir as cordas com muita personalidade, obtendo dinâmicas e timbres diferentes. Executado todo em G#m Eólio, este solo destaca-se pelo feeling insuperável com fraseados lentos e bem construídos. Na versão de estúdio, a sensação que temos é que cada nota foi criteriosamente escolhida para incorporar à ideia da música.


Holy Diver – Vivian Campbell (Dio)
3- Holy Diver – Vivian Campbell (Dio)
Campbell tinha menos de vinte anos quando numa conversa (e demonstração) num pub com Ronnie James Dio, foi convidado para fazer parte da banda e gravar os solos do álbum de estreia daquele que para muitos foi o maior vocalista de Heavy Metal. A gravação das guitarras de Campbell foi feita em poucas semanas, praticamente tudo no improviso. O improviso ficou tão bom que ele teve que memorizar cada solo para executar ao vivo. O solo de Holy Diver tem tudo que um solo de Metal deve ter: pentatônicas, blues notes, diatônicas menores e tudo executado numa energia incrível. O destaque deste grande guitarrista é sua técnica de tirar harmônicos artificiais em qualquer direção da palhetada, realizando fraseados inteiros com esta técnica em altíssima velocidade. Neste solo gravado em Cm (C#m com afinação em Eb), Campbell abusa desta técnica no último trecho.


Thrill is Gone – B.B.King
4- Thrill is Gone – B.B.King
O Rei do Blues não poderia ficar de fora de nossa lista. Dono de um feeling insuperável tanto na guitarra como na voz, seu fraseado é cristalino e sem excessos. Sua técnica é composta por licks que combinam bends e muito vibrato. Digamos que o vibrato, é a marca registrada deste grande guitarrista que influenciou uma legião de “blueseiros” (inclusive eu). O solo foi construído basicamente na pentatônica de Bm e é executado de forma primorosa. Destaque para o trecho em que além da dinâmica o Rei altera também o andamento da música (e do solo) desacelerando e acelerando.


Cruel Little Number – Jeff Healey
5- Cruel Little Number – Jeff Healey
Quem acha que não conhece este guitarrista, já deve ter visto ele tocando clássicos do Blues e Rock no filme “Matador de Aluguel” estrelado por seu grande amigo Patrick Swayze. Jeff era aquele guitarrista cego, tocando guitarra deitada sobre o colo, com um vozeirão de arrepiar. Infelizmente, em 2008, Jeff Healey teve o mesmo destino que mais tarde teria Patrick, vindo a falecer também de câncer. Mas seu legado merece ser redescoberto, pois devido à sua cegueira, criou um novo jeito de tocar guitarra (usando inclusive o polegar com a mão esquerda como num piano) elevando o instrumento para um outro nível, executando bends de até 2 e 1/2 tons. O solo de Cruel Little Number possui bends estratosféricos com destaque também para as dinâmicas do guitarrista.

Quem achou que teria algum shredder na lista se enganou (risos). Não que não mereçam, ou que o trabalho dos “deuses” da guitarra não seja importante, mas é que eles já têm seu lugar garantido na história da guitarra. O intuito principal foi demonstrar que há grandes solos (lentos ou com velocidade comedida) que merecem tanta ou mais atenção que a maioria tocada na “velocidade da luz”.

Existe solo inteligente abaixo das 20 (vinte) notas por segundo (risos).


Um abraço e até a próxima lista, com outros solos fantásticos (na minha concepção).

Elvis Almeida
Guitarrista - Endorsee Strinberg

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Este som maravilhoso que vem da guitarra.... (Parte 1) - Como funciona? Entenda melhor o instrumento na Central do Rock - por Elvis Almeida



Índice com todos os artigos da série sobre o timbre da guitarra


Aprofunde-se mais no tema, lendo todos os artigos da série:

Parte 1: Introdução - Visão Geral
Parte 2: Conhecendo o Instrumento (Guitarra)
Parte 3: Os Efeitos (pedais, pedaleiras e racks)
Parte 4: Os Amplificadores de Guitarra



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Como é produzido o som da guitarra?

Visão Geral


Quando começamos a tocar guitarra nos deparamos com um monte de equipamentos chamados “indispensáveis” para nosso setup. A consequência é obvia, desde o início somos contaminados pelo GAS (Gear Acquisition Syndrome) e imediatamente começamos a montar nossa parafernália.
De cara, os mais experientes indicam pedais overdrives, equalizer, chorus, delay, wah-wah... etc. Ocorre que, nem sempre o resultado do nosso Rig é satisfatório. Temos sempre a sensação de que “a galinha do vizinho é mais gorda”.

Comigo, isto já aconteceu várias vezes. Em inúmeras ocasiões, presenciei timbres fantásticos saindo de configurações extremamente simples e baratas, tidas por muitos como equipamento de iniciantes.

Certa vez, durante um ensaio, utilizei um Marshall MG15 combinado com um Behringer V-Tone GDI 21, outro equipamento barato (já o vi sendo negociado por R$ 90,00 novo no Mercado Livre), e tirei um timbre monstruoso para Heavy Metal, com muito peso e definição nas notas.

Mas porque isto acontece?

Entre os motivos mais prováveis encontram-se:

a) A guitarra já oferece um timbre na medida, sem a necessidade de nenhum ajuste adicional;
b) O amplificador é bem projetado, permitindo de forma rápida encontrar um timbre satisfatório;
c) Os pedais (efeitos em geral) produzem aqueles sons que você quer ouvir, com os parâmetros que te interessam.
Então fica a pergunta, é necessário ter equipamentos TOP para conseguir o timbre perfeito?
Antes de respondê-la, é imprescindível respondermos outra pergunta: o que é timbre perfeito?

Neste ponto, entramos na Seara do gosto, da preferência do guitarrista. Isto é completamente individual. Existe uma infinidade de timbres diferentes, desde os mais leves aos mais pesados que são bem definidos.

Já a compreensão do que seja timbre ruim é muito mais fácil: quando o som embola, quando mesmo com volume maior, os solos ficam opacos e escondidos, quando tem excesso de ruído, quando o som que ouvimos lembra uma “caixa de abelha”, estamos diante de um péssimo som de guitarra. O subjetivismo para definir o que é ruim é muito menor do que aquele empregado para definir o que é bom.

Revelado o novo método para aprender a tocar guitarra sem sair de casa Por causa disto, eu considero bons timbres aqueles que ao revés do ruim, possuem:

a) definição das notas – ouve-se claramente cada nota executada na guitarra;
b) boa equalização – consegue-se ajustar a equalização para diversos estilos e possibilidades que não agridem aos ouvidos;
c) ruído dentro da margem tolerável para cada faixa de ganho.

Ocorre que existem uma enorme quantidade de equipamentos no mercado que satisfazem este quesito a custo reduzido. Não necessariamente precisamos que todos os equipamentos de nosso Rig sejam de boutique.

Quanto à tessitura do timbre, mais opaco, mais cremoso, penso que tudo isto se refere ao gosto de cada um. Eventualmente, alguém irá gostar mais de um tipo que de outro. Por exemplo, tem guitarrista que gosta de compressão, outros preferem mais dinâmica, com nítida diferença entre as palhetadas mais fortes e mais fracas.

 Bom, encerramos esta primeira parte, sempre lembrando que em nenhum momento o artigo destina-se nem pretende tratar os temas como verdades absolutas, nem impor minha opinião para o leitor.

O objetivo é passar o que tive de experiência nos 19 (dezenove) anos de guitarra, para que sirva de reflexão ao guitarrista de qualquer nível, para que ele monte seu setup da maneira que ele fique mais satisfeito com os investimentos realizados, seja com que equipamento for.

Na segunda parte abordaremos mais especificamente as características e o funcionamento das guitarras, outra questão importante para definirmos qual instrumento comprar.

Um abraço e até o próximo artigo!


Elvis Almeida
Guitarrista – Endorsee Strinberg
http://www.elvisalmeida.com



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