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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mais um pedal handmade - Parte 1

Caros amigos,

fiquei muito empolgado com o resultado do meu primeiro pedal handmade (Hurricane Driver) e resolvi montar outro baseado no circuito do Marshall Guvnor. Como sempre já estou preparando uma série de modificações no projeto original para deixar o som com a minha "cara".

Quando trabalhei com eletrônica (mais de 15 anos atrás), a confecção de placas de circuito impresso era muito artesanal. As trilhas eram feitas com caneta, o que demandava muita habilidade com desenho.

Atualmente, o processo ficou muito mais simples. É só imprimir numa transparência de retroprojetor com uma impressora laser e transferir para a placa virgem usando o ferro de passar. Depois é só corroer utilizando Percloreto Férrico.

O acabamento da placa fica ótimo, sem falar que fica muito mais fácil fabricar projetos miniaturizados.

Esta matéria será dividida em partes, acompanhando cada etapa da construção do efeito. Abaixo veja as fotos com detalhes da fabricação:

pedais pedal handmades central do rock guv'nor guvnor montagem

pedais pedal handmades central do rock guv'nor guvnor montagem
pedais pedal handmades central do rock guv'nor guvnor montagem

Legenda:
Foto 1: Transparência usada para transferir o layout da placa.
Foto 2: Pedal montado ainda fora da caixa, sem nenhuma modificação.
Foto 3: Caixa metálica, já com as marcações de onde ficará cada controle.


Se você conhecer um pouco de eletrônica e tiver habilidade e paciência para dar o acabamento, recomendo que monte seus próprios pedais. A economia pode chegar a 80% (oitenta por cento) em relação a comprar os originais de marca.

Este Guvnor que estou fazendo, está sendo confeccionado todo a partir do projeto disponibilizado no site Tone Pad FX (www.tonepad.com), que é um dos principais portais para quem quer começar a montar seus próprios pedais.

Obs.: Os pedais handmades aqui demonstrados não estão à venda e são feitos através de projetos de patentes que já caíram em domínio público.


Até a próxima!


Elvis Almeida
Guitarrista e Professor de Guitarra
www.elvisalmeida.com



PARA VOCÊ:
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Análise (Review) do amplificador Marshall MG15CD

Teste do amplificador de guitarra Marshall MG15CD para estudo, ensaios e pequenos showsE aí pessoal, tudo OK?

No último ensaio da minha banda (Trifuse), levei meu setup de "pedaizinhos" e meu amplificador nacional (não vou falar a marca) de 30W RMS. Pra minha decepção total o "ampli" não conseguiu entregar a pressão sonora suficiente para que o som ficasse no volume dos outros intrumentos. Foi quando meu "chapa" Alvimar Black Pills (que também faz parte da banda) me emprestou pra ensaiar seu Marshall MG15CD e tive uma enorme surpresa.

Pra começar, com 50% de volume, ele já tinha pressão sonora para acompanhar os demais instrumentos (e olha que o meu com 30W no último volume não conseguiu). Gostei muito também dos controles de equalização. O cubo apesar de pequeno possui uma equalização bastante eficiente, permitindo controlar muito bem Graves, Médios (Countour) e Agudos.

Mas qual a explicação para que um amplificador de 15W RMS "fale" mais alto que outro de 30W RMS?

As razões podem ser muitas:

a) Projeto eletrônico mais eficiente, permitindo que a entrega do sinal no alto-falante seja mais definida e sem perdas no decorrer do caminho;

b) Falante de melhor qualidade e em equilíbrio com o projeto eletrônico. Isso permite que haja maior fidelidade, como melhor desempenho do alto-falante durante a reprodução do som;

c) Projeto da caixa acústica mais eficiente. Uma caixa acústica bem feita melhora significativamente a performance do amplificador. Quando a caixa é boa, as qualidades da parte eletrônica são valorizadas, dando a impressão de que o equipamento tem mais potência;

d) Ou o equipamento de 30W não era de trinta coisa nenhuma. Às vezes o fabricante está se referindo mais ao consumo de energia que propriamente à potência entregue ao falante. Isto acaba enganando o consumidor, que acredita que está comprando um equipamento suficiente para suas necessidades, e na verdade está levando gato por lebre.

Neste caso concreto, posso afirmar categoricamente que as três primeira hipóteses são verdadeiras ("a", "b" e "c"). O Marshall MG15CD tem melhor projeto acústico, eletrônico e melhor falante (e bota melhor nisso).

Quanto à hipótese "d", só levando meu "nacionalzinho" para um laboratório de eletrônica para fazer os testes necessários. Logicamente não vou perder meu tempo fazendo isso. É mais fácil e barato trocar de amplificador.

Pontos positivos: são muitos. Destacam-se a excelência do alto-falante, que mesmo com apenas 8" (oito polegadas) teve um ótimo desempenho nas frequências mais graves, coisa rara num ampli pequeno. O preço é bastante animador, gira em torno de R$ 500,00 (quinhentos reais), praticamente o preço de um pedal de alta qualidade.

Pontos negativos: basicamente só encontrei um, a falta de uma entrada para footswitch, de resto só elogios.

No geral, poderia concluir que este amplificador é ideal não só para estudo, mas seu desempenho é suficiente para ensaios, workshops e shows em pequenos ambientes. Recomendadíssimo para ser adquirido como primeiro amplificador, ou para aqueles guitarristas que desejam carregar menos peso (o meu caso) sem abrir mão da qualidade sonora. Portanto, dá pra usar profissionalmente sem nenhum problema. Obviamente não se compara aos cabeçotes valvulados da marca ou de qualquer outra. A nota ficou alta, pois a análise foi feita em comparação com outros amplificadores da mesma categoria, sendo até o momento, o melhor que já testei.

NOTAS (de 1 a 10):

Design/Aparência: 10
Construção/Robustez: 10
Ruído: 10
Controles: 9
Definição timbre: 9
Equalização: 9
Recursos: 7
Custo-benefício: 10

MÉDIA/NOTA FINAL: 9,25

PONTUAÇÃO: Péssimo (1-2), Ruim (3-4), Bom (5-6), Ótimo (7-8), Excelente (9), Excepcional (10)

Obs.: Vale lembrar que um equipamento cuja MÉDIA/NOTA FINAL fique acima de 6 pode ser considerado um equipamento satisfatório, e acima de 8 poderá ser classificado como de uso profissional.


Um abraço!


Elvis Almeida
Guitarrista e Professor de Guitarra
www.elvisalmeida.com

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domingo, 11 de abril de 2010

Análise (Review) do Hurricane Driver (meu próprio handmade)

Teste do pedal handmade Hurricane Driver montado por Elvis AlmeidaE aí pessoal, tudo em cima?

Depois de fazer a análise de inúmeros pedais de diversas marcas, resolvi fazer um review de um pedal que eu mesmo montei nas raríssimas horas vagas. Desta forma, voltamos a abordar o tema dos pedais handmade's. Espero que o tópico ajudem a vocês escolherem seus pedais dentre as inúmeras opções que existem no mercado, sejam eles de marca ou feitos à mão.

Uma pequena observação: no momento não pretendo comercializar o pedal, até mesmo porque não me sobra tempo para poder produzir nenhum equipamento pra vender. Para vocês terem uma idéia, comecei a montar este pedal em dezembro de 2009 e só agora ficou pronto. Como o projeto fez uma reviravolta nos meus conceitos, apelidei ele carinhosamente de Hurricane Driver HD-1.

Trata-se de um pedal Overdrive/Distortion baseado nos clássicos MXR Distortion+ e DOD 250 Overdrive/Preamp. Como o circuito dos dois pedais são muito parecidos, logo pensei... por que não montar um pedal que reúna as qualidades dos dois equipamentos? Além da possibilidade de mudar o pedal através de uma simples chave, acrescentei um pequeno circuito de equalização que permite colocar um pouco de freio nos agudos (tão proeminentes no MXR).

Sobre a montagem em geral, achei a parte eletrônica a mais fácil. Tive alguns probleminhas técnicos, como um potenciômetro que deu defeito, mas correu tudo bem no projeto eletrônico. Primeiro montei o circuito do MXR no original. Depois fui fazendo as modificações até ficar do jeito que eu queria.

A primeira modificação foi substituir o potenciômetro de Drive (logarítmico) por um pot. linear, pois no original, a sensação é que só começava a funcionar depois de 80% (oitenta por cento). Com o potenciômetro linear, o controle de Drive ficou bem mais suave, desde o mínimo até o máximo.

Depois, mudei alguns capacitores, também os diodos de clipagem e adicionei a chave que alterna os circuitos Distortion/Overdrive.

Por último adicionei o pequeno circuito de equalização Cut Filter, que coloca um cabresto nos agudos, permitindo uma timbragem mais grave e encorpada.

A cada mudança no circuito o pedal ia para uma série de testes, sempre me surpreendendo bastante o resultado. Quando testei a última modificação, fiquei tão satisfeito que resolvi parar a pesquisa e aproveitar o novo equipamento. Obviamente, ainda dá pra acrescentar muitos recursos ao pedal, mas achei que já era o momento de colocar ele na caixa.

Na minha opinião este foi o trabalho mais chato e problemático. Primeiro foi achar uma caixa de metal resistente para comprar, que só encontrei no Mercado Livre. Depois foi fazer os furos e pintar. Pra vocês terem uma idéia, acabei cortando meu dedo mínimo da mão esquerda na lixadeira e tive que cancelar um ensaio... ossos do ofício. Na hora de colocar as "entranhas" para dentro da caixa, também foram gastos inúmeras horas, pois qualquer mal contato poderia ser fatal! Para o pedal é claro.

Tinha feito até uma arte bem legal para imprimir em papel adesivo e colocar por cima da caixa, mas desisti, pois concluí que ele tinha que ter um visual bastante rústico, deixando na cara que era um handmade (escrevi os textos à mão), como vocês podem conferir pela foto.

Feito este breve relato da construção do pedal, vamos para a análise sonora:

Durante os testes, percebi que na posição Overdrive o som fica bem aberto e médio, como no Tube Screamer. As mudanças de clipagem também deram um pequeno boost no volume, deixando ele com um som bastante encorpado. Girando o botão Drive foi possível tirar um som desde um Blues (com menos drive) até um Hard Rock (selecionado no máximo). Posso dizer seguramente que até mesmo um Heavy Metal mais clássico, como Iron Maiden e Judas Priest, é bem executado na posição Overdrive.

Na posição Distortion, o som fica mais agudo e abelhudo, ideal pra quem quer usá-lo de booster em amplificadores valvulados, assim como o saudoso Randy Rhoads fazia com seu tradicional MXR Distortion+. Nesta posição, o pedal fica ideal para tocar Ozzy Osbourne, Black Sabbath, bem como os virtuoses Joe Satriani e Steve Vai, que são apaixonados por pedais do tipo distortion.



Ainda persiste minha queixa quanto aos pedais de overdrive/distortion, no que concerne à falta de sensibilidade para ligados. Realmente, para se obter um som verdadeiramente High Gain é necessário contar com um belíssimo amplificador valvulado, que naturalmente comprime as notas deixando as dinâmicas bastante equilibradas. Outra solução pra nós "ligadeiros" é combinar 2 (dois) pedais diferentes de distorção. É o que eu tenho feito nos ensaios e os resultados são excelentes.

Pontos positivos: um ponto positivo deste pedal foi a versatilidade, pois com as modificações no circuito original dá pra tocar praticamente qualquer estilo de Rock, exceto um Metal mais extremo. O ruído foi baixíssimo, nos níveis do Marshall Jackhammer. Como coloquei numa caixa metálica, a construção ficou bastante robusta e confiável. Também tive muita atenção na qualidade dos potenciômetros, que depois do defeito apresentado num deles, troquei todos pela marca Alps. Mas o preço foi o ponto mais positivo de todos. Somando todos os componentes, desde os eletrônicos até a montagem final e acabamento, ficou em menos de R$ 100,00 (cem reais).

Pontos negativos: a falta de sensibilidade para os ligados ainda é um problema, mas não a ponto de dasanimar. Aliás, garanto que é uma das melhores entre os pedais que passaram na minha mão, perdendo talvez pro Metal Zone e uns outros poucos. Não chega a ser um ponto negativo, mas um handmade, será tanto melhor de som e durabilidade, quanto mais qualidade for empregada nas peças e mão de obra, o que não é tão simples como alguns artigos na Internet descrevem.

No geral, poderia concluir que o pedal é muito bom e superou minhas expectativas. Depois desta primeira montagem, passei a respeitar ainda mais o trabalho daqueles que fazem handmade's com seriedade (coloquei links de alguns no meu blog www.elvisalmeida.com). A idéia de fazer as modificações de acordo com seu gosto pessoal e deixar o som único e exclusivo é ao mesmo tempo emocionante e árdua, sendo muito recompensadora no final. Por último, vale dizer que combinando ele com o canal crunch do seu amplificador ou com outros pedais é possível tirar aquele timbre monstro que você está procurando. Lógico que tudo depende do seu gosto pessoal e da qualidade geral de seu equipamento.

As próximas videoaulas do meu site serão gravadas com ele, quando vocês poderão conferir os resultados.

NOTAS (de 1 a 10):

Design/Aparência: 1 (não vou colocar zero, em solidariedade ao meu filhote... hehe)
Construção/Robustez: 10
Ruído: 10
Controles: 9
Definição timbre: 10
Sensibilidade: 5
Versatilidade: 9
Custo-benefício: 10

MÉDIA/NOTA FINAL: 8,00

PONTUAÇÃO: Péssimo (1-2), Ruim (3-4), Bom (5-6), Ótimo (7-8), Excelente (9), Excepcional (10)

Obs.: Vale lembrar que um equipamento cuja MÉDIA/NOTA FINAL fique acima de 6 pode ser considerado um equipamento satisfatório, e acima de 8 poderá ser classificado como de uso profissional.


Um abraço!


Elvis Almeida
Guitarrista e Professor de Guitarra
www.elvisalmeida.com

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